sexta-feira, 3 de maio de 2013

ISTAR, A ESTRELA DA MANHÃ DOS SUMÉRIOS QUE VEIO A SER A VÉNUS DOS LATINOS, por artur felisberto.

 

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Figura 1: Istar.

A Deusa Istar, "A que transporta a luz". grande-deusa-mãe babilónica. Como Inanna, ela é a deusa de fertilidade, amor e guerra. O seu culto era o mais importante na antiga Babilónia e teve vários nomes. Deusa hitita e Síro-Mesopotamca ela é a Deusa mais importante do Próximo Oriente e da Ásia Ocidental. Outras variantes ortografia: Ishara, Istar, Istaru, Aschtar, Aschtart,. Os Escritos babilónicos a chamaram de: "Luz do Mundo, Líder das Hostes, A que abre o Útero, Juiz íntegro, Legislador, Deusa de Deusas, Doadora de Força, Geradora de Todas as derrotas, Senhora de Vitória, A que perdoa os Pecados, Tocha de Céu e da Terra, “Luz exaltada de Céu", "A Que Procria Tudo", "Guardiã da Lei", "Pastora das Terras " - e Muitos mais são os seus títulos sagrados.[1]

                       > Istaru < Istar-ut

Istar < Ishtar < Aschtar < Aschtartu > Aschtart > Ashtoret.

 

TÍTULOS DE ISTAR

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Figura 2: Istar Caçadora e artemisina.

She assimilated into herself a number of 'lesser' deities. In the case of Ishtar this is well documented and traceable, and the following alphabetical listing will show a goddess who should perhaps be called 'Ishtar Incorporated'.

* Absusu = A Sumerian title for Ishtar in her role as a promiscuous goddess

* Abtagigi = "She Who Sends Messages of Desire"; a Sumerian title used for Ishtar as patroness of sacramental promiscuity and/or Sacred Prostitution

* Agasaya = A Semitic goddess of war called 'the Shrieker' she was absorbed into the concept of Ishtar, who was also known as goddess of battles.

* Anatha Baetyl = A planetary goddess (Venus) known in Egypt and among the Hebrews, later absorbed into Ishtar; part of a trinity with males.

* Anatu = In early Mesopotamia she was known as Ishtar's mother (with alternative names such as Antu, Antum); the ruler of both Earth and Heaven. Later in time she became absorbed and merged into the worship of her daughter.

* Asakhira = Early Semitic goddess of promiscuity; merged into Ishtar

* Dil-bah = Ishtar as Venus the morning-star and goddess of war and hunting

* Gumshea = Mesopotamian goddess of vegetation and fertility who was assimilated into Ishtar

*Anunit or Anunitu = was the patron-goddess of the city of Akkad and, associated with Venus, as evening star. Daughter/sister of the moon-god Sin, She became, in the course of time, absorbed into the great figure of Ishtar who also took over her role as ruler of the city.

* Har = A name of Ishtar that led to the title Harine

* Irnini = Originally a patroness or guardian-deity of the Lebanese cedar-mountains she later became absorbed into Ishtar.

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* Kilili = The goddess Ishtar as symbol of the promiscuous and independent woman - the ancient idea of the virgin - whose wanton behavior inspires both excitement and a tremendous anxiety in many of those who desire her. => Lilite.

* Nanab = 'Queen'; an old Babylonian title used for Ishtar at the cities of Lagash and Ninevah; it may refer back to a global form of Inanna from which Ishtar has developed.

* Nin Si Anna = Ishtar as the all-seeing 'Lady Eye of Heaven'

* Nin-kasi = Sumerian goddess of Wine, 'Lady Horn-Face', who became 'incorporated' into Ishtar

* Nin-kharak = A dog-headed goddess of healing who was assimilated into Ishtar

* Nin-tur or Nintu Sentu = An ancient goddess of Shirpurla who became merged into Ishtar; the names meaning 'Lady of the Womb' and 'Lady Life-Giver'.

* Sar-banda = 'Queen of the bow', a goddess of the hunt or of war who was venerated at the city of Erech; later she became assimilated into Ishtar

* Sharrat Shame = Ishtar as 'Queen of Heaven'

* Siduri (Shiduri, Shidurri)= Ishtar in her guise as innkeeper and wine-maker in the story of the hero Gilgamesh

* Ulsiga = A title of reverence meaning 'Ishtar of Heaven and Earth' < Urkika

* Zan-aru = A title of Ishtar meaning 'Lady of the Lands'

* Zib = Ishtar as Venus the evening-star and goddess of love.

«Esaura» < Esara < Isara < Ishara < Ish-Kur > *Ishthar > Ishtaru > «Ester».

                                                                    + at > Ashtarat > Aschtart > Astarte.

O nome babilónico de Inana, a luciferina deusa do médio oriente antigo, era a deusa da aurora que trazia a luz da «estrela-da-manhã», era Ishtar nome significava literalmente: «filha = rebento seco de lenha = centelha de fogo, dos infernos do Kur», ou seja, ela era a representação ideal de arcaicas realidades míticas que os poetas antigos não haviam esquecido inteiramente nos epítetos que lhe davam de «tocha dos céus e da terra», das manifestações das telúricas e vulcânicas dos subterrâneos infernais onde reinava Iscur, supostamente filho de Enlil mas etimologicamente filho de Enki, o deus En-kur, Sr. do Kur.

Iscur =Ish-Kur, lit. «filho do Kur» > Ishkar > Ishara > Istar.

Ishkur: A storm-god, canal-controller, son of Anu. God of lightning, rain, and fertility. Identified by the Romans with Jupiter. Somewhere out there is what is called the "Eclipse Myth" which has to do with demons attacking An and trying to destroy him. It seems that at one point in time during the attack, the demons had seduced Inanna and her sister, Ishkur, to their sides, but other than that, I have found nothing more on the tale (Kraemer Sumerian Mythology 123).

Dito de outro modo Inana/Istar faziam com Iscur uma irmandade como os gémeos clássicos Artemisa/Apolo, de que eram seguramente os antessesores.

Já então, e etimologicamente, Istar só poderia ter sido o paredro feminino de Iscur, o deus guerreiro e Sabaoth filho do Kur, precisamente porque era filha do Kur, e portanto de Enki enquanto En-kur, o deus que, como se disse já, fazia filhos a todas as suas filhas e netas.

Nesta confusa cadeia de divinas relações familiar são sobretudo as posições de Enki e Anu parecem mais inconsistentes porque ora se confundem ora se dissociam.

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Figura 3: A winged goddess with bird's claws that is flanked by two owls and standing on two lions, the Burney Relief is thought by Harris to be Inanna as "Lady Owl," Kilili (yet another name for Inanna), "the harlot who like the owl comes out at dusk".

O facto de os babilónios terem acrescentado Ansahr a estas genealogias divinas, como pai da Anu, só vieram aumentar a suspeita de que Enki terá sido primordialmente Anu, pelo menos numa época de matriarcado em que se aceitou que a Virgem Mãe Terra, Ki, se auto criou do caos primordial para parir o monte cósmico primordial sem ter necessitado da ajuda dum macho.

Este monte primordial era o monte Sião ou Ben-Ben, termos etimologicamente próximos do nome do deus protágono grego que foi Phan, uma forma de Eros, Pan, Dion-ísio, “o deus menino” filho de Ki, que na suméria ainda era Enki, o deus da criação do homem, o deus que mais amou a humanidade e que por isso foi um deus de amor que gerou Inana e Iscur amando a própria mãe.

The Primordial Incest: In another myth, it is Brahma who is hit by Kama’s arrow, and falls in love with his own daughter, Ushas (or Dawn). Unable to control himself, he assaults the girl and commits the Original Sin (Caste mixing) that resulted in the doom of the world. In some versions, such as that of the Kalika Purana, Brahma, the Androgyne, split between desire and the will to resist sin, ends up cleaving in two, becoming Man and Woman.

Brahma < Wurkima < *Kur-Kima => Kur-Ama-ki > Hermes.

Ushas < Urshas < Urash +Ki < Ishkar > Ishtar!

Por analogia com esta função mítica foi elevado à categoria de deus do fogo celestial dos relâmpagos e das tempestades.

De forma explícita ou velada as deusas do amor foram sempre deusas mães da fertilidade e, por isso, esposas ou parédros dos deuses telúricos e taurinos da fertilidade, ou seja, quase sempre do deus supremo ou do deus mais respeitado como tal, como foi o caso de Enki. Ora Iscur deve ter sido, ou um epíteto muito arcaico de Enki, quanto mais não seja porque era ele o senhor do Kur, logo também do «fogo de Kur», ou filho de Enki e irmão de Inana. Em qualquer caso, é quase seguro que sendo a mitologia uma realidade essencialmente retórica os filhos dos deuses resultam duma hereditariedade etimologia em resultado da autonomização dos epítetos divinos ou das mutações linguísticas do nome de deus no campo fértil das potencialidades formais da linguagem.

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Figura 4[2]: Istar domadora de leões.

This cylinder seal was dedicated to a little-known goddess, Ninishkun, who is shown interceding on the owner's behalf with the great goddess Ishtar, who places her right foot upon a roaring lion, which she restrains with a leash. The scimitar in her left hand and the weapons sprouting from her winged shoulders indicate her war-like nature.

Além da natureza esfíngica e alada comum aos deuses infernais Istar manifesta a sua ligação com a deusa mãe vestindo as sete saias cerimoniais e dominando o leão. A natureza taurina está-lhe presente tanto no nome quanto na tiara de cornos. Ao lado do sol alado revela-se esposa de Kar. Quanto a Ninishkun.

Nin-ishkun ó Nin Ishkuna = Sr.ª Ishkina > Atkina > Atena.

O facto de, neste selo, Ishtar e NinishKun aparecerem como entidades autónomas não significa que o tenham sido, ou, pelo menos, que não tenham sido em tempos a mesma entidade.

 

ANAT

Como se vê pela etimologia, NinishKun encobre um conceito que iria desembocar em Anat / Atena, deusas que tiveram em Ishtar uma antepassada a altura devida, guerreira como Anat acrescida do poder de ser detentora dos me das artes e ofícios, como Atena.

Antu ó Anta ó Anat > Atan > Atena.

Síria Hanat < Ki-An-at

Anta (Anat) = Considered by the Egyptians to be a daughter of Ra, Anta is an aspect of Ishtar.

Ishtar, e ainda mais Inana, foi na origem a simbiose de Demeter, Artemisa/Atena e Afrodite, tripla face da deusa mãe parideira, guerreira caçadora e jovial prostituta.

Este e outros indícios comprovam que o paganismo começou logo na Suméria pois os nomes seguintes de deusas foram seguramente variantes do nome de Istar, quer na forma fonética quer na função.

Figura 5: Ishtar, a potinija caldeia.

= Ishhara = Inanna. She is Anu's second consort, daughter of Anu and Antum, (sometimes daughter of Sin), and sometimes the sister of Ereshkingal. She is the goddess of love, procreation, and war. While Ishtar is called a lioness, in her aspect of the fighting deity she is designated as male ferocious animals.

Irnini is another name of Ishtar, probably derived ultimately from Inanna, her Sumerian counterpart. Igigi is a collective name for the great gods of heaven. Gushea is another name for Ishtar, sometimes appearing as Agushea, or Agushaya.

Eanna is the name of the temple of Inanna-Ishtar in Uruk, biblical Erech.

Ishhara: Goddess of marriage and childbirth, enforcer of oaths.  Cult center: Kisurra in Babylonia. Symbol: Scorpion. Ishkhara: Babylonian goddess of love, priestess of Ishtar.

Ishtaran (Angal) : - Patron god of Der, a city East of the Tigris.

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Gushea < Agushea < Agushaya < hindu. Ankusha

< Enkiuska > Enki-Gaia > «Angustia»=> Augusta

=>Na verdade, Iscur > Ish Kaura > | Ishk > Ish | hara, assim como,

ð    Ishtaran = Ishtar + An º Angal = An Kar < Enkur => Kar = Ishtar < Iscur porque Angal < An kar(a) [3]> Ka(/u)r An + ish => Ishkauran > Ishtaran.

 

AS DEUSAS DA «PROSTITUIÇÃO SAGRADA».

A prostituição praticada nos templos da babilónia seria sagrada por ser a sobrevivência ritualizada da sexualidade natural dos tempos do matriarcado. Nesse sentido sagrado seria tudo o que era deixado ao sabor dos caprichos dos deuses, ou seja, de acordo com os instintos naturais e com os interesses sociais, em oposição com os interesses privados do patriarcado emergente. Neste sentido, a sexualidade sagrada era a que era deixada, como as carnes sacrificadas aos deuses, para proveito dos indigentes e de todos que dependiam dos favores dos deuses e poderosos.

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At this time the marriage of the king and the goddess Inanna was not only for the guarantee of fertility, but to also symbolize the ability of the community to provide for itself (Wakeman Ancient 12).  When Sargon came to power the idea of Inanna spread throughout Sumeria, and every New Years day the "Sacred Marriage" took place between the king of Sumeria and Inanna which celebrated the bringing in of the harvest (Wakeman Sacred 24).  It was then that the king began to be worshipped as a god, for to be a king, he had to have married Inanna; she was the representative of the divine, and this was a marriage between the mortal and the divine (Wakeman Sacred 12, 13).  Interdependace of the community and the gods became clear, the king was safety and material welfare, and the goddess was the creativity of nature and culture, it was a harmonious marriage (Wakeman Sacred 13).  Inanna eventually became servant to the king, and her priestess at Eanna became his consort (Wakeman Sacred 20).[4]

In other peoples, she has been called the following: Ishtar was said not to listen to men's pleas unless the man visited an Ishtar cult. Her temples have special prostitutes of both genders. The cult houses were full of women who were considered holy prostitutes. A woman that dedicated herself to the goddess Ishtar was said to have a sacred duty. She believed that the more sexual healing she procured that the more her spiritual being was pure.

Figura 6: Ishtar was the Babylonian goddess of love, fertility, nature, sex, and war.

 

A DESSCIDA DE INANA PELO CORREDOR SÍRIO

Kosharoth: The Wise Goddesses. These may be somewhat along the lines of the Greek Graces, or the Seven Hathors of Egypt. As we see them, they are called to set up a Wedding. They are also sometimes symbolized as sparrows or swallows, which indicated fertility. They were Goddesses of childbirth. They are also known as the Daughters of the Cresent Moon, and thus are the daughers of Yarikh.

Koshar U Khasis = Kothar-and-Khasis "Skillfull and Clever". Craftsman of the Gods. Also known as Chousor and Heyan (Ea) and identified with Ptah. Built the palaces of both Yam-Nahir and Baal. He also fashioned the two clubs that Baal used to defeat Yam.

Koshartu: Wife of Koshar.

Kosharoth º Koshartu < Koshar-et.

                                         Kothar-et ó *Kertu.

É interessante a referência, na mitologia canaanita, aos pares de deuses Qodesh-&-Amrur e Kothar-&-Khasis, que nos permitem correlacionar Qodesh com a egípsia Hathor por meio de Kothar/Ea/Enki pela sua inegável relação de esposo ou pai de Ishtar/Athirat com o «anjo pescador» Qodesh-&-Amrur! Não seria de grande espanto que se viesse a provar que Qodesh-&-Amrur significou mais ou menos (D)am(us)-Ur/=>Hermes, o galã guerreiro de Qodesh, que, como sabemos já, era um dos epítetos de Ishtar.

 

Ver: QADSHU

 

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Figura 7: Ishtar, accompanied by her attendants (Nos. 38, 37, 36).

The great Babylonian goddess Ishtar was worshipped in Anatolia under the Hurrion name of Shaushga. She was the sister of Teshup and held sway as the Goddess of Low and War. She appears here with her attendants, the goddesses Ninatto and Kulitta, as the Hurrion Goddess of War.

In her place among the mate deities at Yazılıkaya, she wears, like them, a pointed cap with one horn and bears an axe (this is absent in the illustration given here). She was represented unarmed in the row of female deities at Yazılıkaya, in her capacity as the Goddess of Low. The latter relief now rests on the ground below the figures of the female divinities. The hieroglyphic ideograms accompanying the two portrayals of the goddess are identical.

A variante mais fantástica desta deusa só pode ser a ameríndia Ixchel

Ixchel é a árvore da vida, provedora da fertilidade que garante a continuidade da vida, tanto animal quanto vegetal e humana. Esta deusa detêm os mistérios da vida e da sexualidade feminina. Ela é deusa do amor, mas não do casamento. É protectora das mulheres e das crianças. O leite nutritivo flui dos seus seios e o sangue sagrado da vida flui do seu útero. (Códice Madri).(...)

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Ixchel é a Grande-Mãe maia da Vida e da Morte. Na lâmina acima ela derrama as águas da vida do seu jarro de ventre sobre todos nós. Ixchel, também é a dona dos ossos e das almas dos mortos. Sua festa é realizada em 1 de novembro, Dia dos Mortos. (Códice Dresden). (...) Ixchel é com certeza, a Grande-Mãe maia. Encera em si as qualidades de seu marido Kinich Ahau, "Rosto do Sol", que se confundia com Itzamna, o Céu propriamente dito, pois era a sua manifestação diurna, por oposição a sua imagem ncoturna. Ele era representado sob os traços de um velho sábio.

                           < ? Xiker > Cibel.

Ixchel < Ixcher <= Ester ó Istar.

Kinich Ahau <= Aka Ki-Anish lit. o filho de Ki e Anu, ou seja, Enki.

Itzamna < Estamina < Estar-Mean. Lit. “filho do deus mãe etrusca Mean.

 

ASTAR

As formas masculinas Astar da Abissínia e Athtart da Arábia não necessitam de significar uma espécie de perversão sexual, mais ou menos misógina ou mesmo tendencialmente homossexual Ashtaret / Athtart, porque sabemos que Istar seria esposa de Iscur, o deus luciferino da luxúria.

                        => Ishtar > Ester.

Astar < Iscur + et => Ashtaret > At-Taret > Athtart.

De facto, aos mitos de luxúria masculina, relacionados com a prostituição sagrada em louvor de Istar, podemos contrapor uma forma de luxúria feminina representada no mito do lobisomem, fonte duma infinidade de contos populares, contados por velhas bruxas e avozinhas ladinas, de que o lobo do «capuchinho vermelho» é apenas uma das variantes mais conhecidas! De facto, entre outras razões para que o mito do lobisomem seja o contraponto feminino da luxúria está o fundamento étmico do nome dos lobos e o facto de as sextas-feiras de lua cheia serem noites de lobisomens porque a sexta é dia das deusa do amor e existe a crença de que os lobos uivam à lua cheia, que é um símbolo de Istar enquanto deusa das mulheres na plenitude da gravidez ou da fecundidade do seu estro!

 

Ver: LUPUS (***) & PRÍAPO(***)

 

Entre as deusas clássicas Vénus, ainda que tenha sido mais suspeita do que Afrodite de partilhar a prostituição sagrada de Istar, tem com esta menos relação étmica do que aquela. No entanto, Vénus, como a seu tempo se demonstrará, manifesta já aqui, uma relação étmica muito arcaica com os deuses da aurora relacionados no Egipto com o pássaro fantástico Benu[5].

Quanto ao nome de Afrodite, embora não pareça numa primeira audição foneticamente aparentada com Ishtar, encontra-se perfeitamente adequado a esta série.

 

Ishtar < Ish-Thaur

< Iscur

<=Kiki

-Kur

 

Hathor < Kau-Thaur

< Kahu-Thaur

<=Kiki

-Kur

 

Axtartee < Ashtoreth

< Ish-kur-at

<=Kiki

-Kur

-Kiki

Afrodite

< *An ou *At |-Kur-Kiki |???

<=???

-Kur

-Kiki

 

*Kiki-Kur > Kahu-Thaur > Kau-Thaur > Hathor > Haphor > *Aphor-

...................> Iscur > Ish-Thaur > Ishtar > Abis. Astar (masc.).

                    + Ki-ki > *Ish-Tarat > Can. Axtarte > Fenic. Ashtoreth > Astarté.

....................> Iscur + Ki-ki > *At-Kur-At ??? > Athurat > Athirat

............................................... > Ash-Waur-kat > Aphrauthete => ??? Afrodite.

Um tal conjunto de equações só confirmaria em definitivo a tradição de que Afrodite nasceu na Assíria se pudesse explicar sem atropelos (e com toda a naturalidade própria das evoluções linguísticas) a origem do nome da deusa grega do amor. A verdade é que assim não parece acontecer pois, ainda que foneticamente semelhantes, não é fácil chegar de Athirat a Afrodite. Pelo contrário, nem sequer a hipótese de Athirat derivar duma arcaica forma do nome da deusa mãe *At-Kur-At pode ser demonstrada, ainda que pareça poder apoiar-se no facto de um dos nomes da deusa caldeia da prostituição ter sido Ichate (que, para ish = at, => *At-At!), o que permitiria apostar numa redundância do tipo de *At(-Kur/An-)At!

Eschaca = Diosa elamita de la fecundidad y las riquezas. Era equivalente a la Ops de los romanos.

Eschaca < Ish-kaka ó Ish-at.

O mais provável é que apenas que Istar derive directamente dum acasalamento em pé de igualdade com Iscur, e por isso mesmo contemporâneo com o matriarcado, já que as formas Axtarte, Ashtoreth, Astarté se parecem com meras formas gramaticais do género feminino em linguagem semita! Ou seja,

*At-Kur-At seria o feminino de *At-Kur que por sua vez seria Iscur, o genitivo de Kur/Enki (pai do par de gémeos promordiais Iscur / Istar!

Uma das tradições gregas, particularmente patente em Heródoto, é a de que os deuses Gregos vieram do Egipto. Porém, nesta cultura piedosa um dos nomes da deusa do amor foi de facto a vaca Hathor. Ora, embora foneticamente semelhante com a Síria Atirat, Hathor é estruturalmente parecida com Istar sendo assim muito mais provável derivarem duma antepassada comum que seria tão arcaica quanto estas e seguramente o suficiente para ter estado na origem do nome duma antiquíssima deusa das cobras de que teria derivado tanto o nome de Atena quanto o de Afrodite!

Assim, além de Ishat, Istar terá sido

*At-an-at > *Atanashi (> Atanasia) > Atanasai >Atena e *Kiki-Kur-kiki >

Kahu-Kaur-Thushi > *Kau-Phaur-Dusha > Ha-phrau-dite > Afrodite.

Medusa < *Maidusha < Amathusia ou Amathuntia = a paciente, porque quotidianamente sujeita às «dores de parto» o sol.

Este epíteto de Afrodite, supostamente derivado do nome de Amathus cidade de Chipre e terra natal de desta Deusa Mãe, era de facto uma confirmação de que o papel das deusas do amor decorre da sua função de deusas da aurora e parideiras solares.

Em conclusão, a deusa das cobras dos cretenses terá tido o nome genérico de *Maidusha parecido com o nome de Medusa, uma das gorgonas e terá sido *Kau-Phaur-Dusha, a deusa *Kaphura das cobras, que teria também por epíteto *At-an-ashi.

 

Ver: EOS (***) & MEDUSA (***)

 

Obviamente que Kalias tem a ver com as grutas sagradas da Deusa Mãe das cobras de Creta, relacionadas com o mito da morte solar de que originaram as pirâmides e o mito cosmológico da montanha do começo do mundo.

Galateia < «Cal» das grutas clacárias < Hind. Kali < Kalias < Kalyha <

Kali-ka < Kal-(Ki)ka > Kalphiga <= Iscur > Istar.

Afrodite Kalias - Goddess of the grotto; originally separate Samothrakian deity.

Kal(Ki)ka < Kar-Kika > *Kar-tu, N.ª Sr.ª do «Parto» dos cretenses, seguramente depois de ter sido também a Deusa Mãe obesa dos malteses! O facto de Cálias ser uma deusa das grutas, tal como a lusa Sr.ª da «Lapa», seguramente variante local da Lupa latina que foi Vénus, só vem confirmar o facto de *Kartu ter sido adorada nas grutas de Creta precisamente porque se acreditava que as grutas eram cavidades vaginais da Deusa Mãe Terra por onde se dava o parto do sol. O facto de tal crença estar longe da realidade física, que só teria ligeiras semelhanças com as grutas italianas relacionadas com túneis de rios de lava subterrânea, comprava que o carácter metafórico da mitologia terá sido espontaneamente aceite como tal com a mesma candura com que os crentes aceitam os dogmas mais incríveis e as descrições mais fantásticas do céu e o inferno!

Sumer. Nintu < Nin-an-tu = Sr.ª do Parto (N.ª Senhora do O)

Sumer. Nin-tur = Sr.ª do Parto < Nin | Ta(u)r < Kaur

                          Nin+na+tur+tu > An-| tur-tu < Kaur+tu > *Kartu

A N.ª Sr.ª do Parto seria também a protectoras do «Aborto».

«Aborto» < Lat. ab-ort-are < Lat. ab +  Ortus (= nascimento dum astro)

> Gr. Orthós (= recto) > Lat. ordi-ne > «Ordem».

Lat. Ortu (> Grec. Orthu) < Hautu < Kaurtu < *Kartu

A este nível de conotação a deusa Europa (< Eulaupa < Eo-Lapa) seria apenas uma forma enfática de nos referirmos a *Kartu como sendo a verdadeira «lapa», a vagina grotesca onde nasceu Zeus!

 

Ver: AFRODITE (***) & MANA (***)

 

=> ASHERAH, A DEUSA DA LENHA DOS SÍRIO E ISRAELITAS (***)



[1] The Goddess Ishtar, "The Lightbringer". Babylonian High-Mother-Goddess. Like Inanna, she is the goddess of fertility, love and war. Her cult was the most important one in ancient Babylon and became under various names. Hittite and Syro-Mesopotamian goddess he is the most important Goddess of the Near-East and Western Asia. Other spelling: Ishara, Istar, Istaru, Aschtar, Aschtart. Babylonian scriptures called her the "Light of the World, Leader of Hosts, Opener of the Womb, Righteous Judge, Lawgiver,Goddess of Goddesses, Bestower of Strength, Framer of All decress, Lady of Victory, Forgiver of Sins, Torch of Heaven and Earth,"Exalted Light of Heaven","She Who Begets All","Guardian of the Law","Shepherdess of the Lands" – and Many are her sacred titles.

[2] IraqAkkadian Period, Reign of Naramsin or Sharkalishari, ca. 2254-2193 B.C.Black stone4.2 cm H, 2.5 cm WPurchased in New York, 1947OIM A27903.

[3] Será que Ankara, o nome da capital da Turquia, tem como origem o nome do deus que foi o patrono da cidade de Der?

[4] Mary Lynn Schroeder, Anthropology 207:001 Ancient Civilizations of the Old World, Mr. Mike Fuller -- April 19, 1993. In the Eyes of Inanna: The Aspects of a Goddess in Literature

[5] Será que o nome gentílico judeu Ben-Hur, celebrizado pelo filme homónimo, seria uma variante fonética intermédia entre Vénus e Hera a meio caminho de Istar/Ashera?

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