domingo, 21 de fevereiro de 2016

DEUSES DA MORTE DOS AZETECAS (Apêndice dos deuses da morte), por Artur Felisberto.



Figura 10: Mictlantecuhtli, deus azeteca da morte e Tezcalopoca, deus azeteca da guerra, irmanados no mesmo afinco de levar as almas dos humanos para o céu para alimentarem os deuses vampiros com sangue de humanos.
Mictlantecuhtli (en náhuatl: mictlanteuctli, ‘señor del mictlán’ o ‘señor del lugar de los muertos’‘mictlān, Mictlán o lugar de los muertos,desde miquitl, muerto; teuctli o tecuhtli, señor’)?1 en la mitología mexica, zapoteca y mixteca es el dios del inframundo y de los muertos, también era llamado Popocatzin (en nahuatl: popocatzin, ‘ser humeante’‘popoctli, humo, fuego; catl, ser: popocatl o popoca, ser humeante, humeante, ardiente; tzintli, diminutivo’)?, por lo tanto era el dios de las sombras. Junto con su esposa Mictecacíhuatl, regía el mundo subterráneo o reino de Mictlán.
Nahuat. miquiztli (muerte) < miquishtri < Ma-Ki-ush-tyr
> Ma-wi-ush-tir > Mau-stir < Ma-ur-te > Morte.
Nahuat. miquitl, muerto < Mikitr < Mawirtr < mauirt > Mot-er
> «Morte».
A relação da morte com a deusa mãe é óbvia e quase universal pelo que encontra a deusa mãe terra *Ma-Ki na etimologia da morte não espanta!
Também já não nos surpreende constatar que o nauatle seja quase falar ibérico deformado. O que é de facto fascinante é verificar que o nahuatl nos esclarece que a morte pode derivar do fenício Mot e esta da deusa mãe egípcia Mut enquanto deusa mãe guerreira responsável pela vida e morte e pela mitologia do Amenti.
Amenti era o nome que os egípcios davam ao templo onde as almas dos mortos eram reunidas depois da morte, para serem julgadas e onde a alma da pessoa era destruída por Ammit, devorada e engolida.
De facto amenti é corruptela de Ammit e esta de ama-Mut que por sua vez é uma redundância de deusa mãe. Então, novamente nos espantamos: o mito de mictlan decalca o amenti Egípcio ainda que o não apareça.
Amenti < Ama-An-tu = Mãe das Antas = Mãe-mae = avó
= mãe e senhora avó brava = Ama-An-Mut + ur (=> Ama
⬄ Ki) Ma-Ki-ana-tu-ur > Macarena < Ma-Ker-Ana < Ma-ki-tur-na.
Por outro lado Mot-er é quase a latina mater. A passagem de moter a morte deve ter acontecido por ressonância com Marte, que era o deus que mais mortos mandava para o outro mundo, ou com a deusa do mar que era a mesma *Ma-Ker-Ana e o principal cemitério dos povos marinheiros da cultura egeia.
El Míctlān o Mictlan (en náhuatl: mictlān, ‘'lugar de muertos'’‘mic- 'muerto'; -tlānlocativo’) en la mitología mexica o nahua -que se puede considerar representativa de Mesoamérica-, era uno de los posibles recintos post mortem.
A palavra "cemitério" (do latim tardio coemeterium, derivado do grego κοιμητήριον [kimitírion], a partir do verbo κοιμάω [kimáo] "pôr a jazer" ou "fazer deitar") foi dada pelos primeiros cristãos aos terrenos destinados à sepultura de seus mortos.
A cerâmica (do grego κέραμος "argila queimada" ou κεραμικὀς, translit. keramikós: 'de argila')
Cerâmico, também chamado de Cerameico, é um cemitério situado na região da Ática na Grécia, região esta onde estava localizada a pólis ateniense. O cemitério estava localizado a noroeste da ágora numa região onde também estava localizado o subúrbio de Atenas.
O distrito antigo ganhou o seu nome do herói grego Céramo (também chamado Kéramos), que era filho de Ariadne e Dionísio e herói dos oleiros, ou porque, na antiga Atenas, este era o lugar onde ficavam os oleiros (kerameis).
A mitologia deve quase tudo a uma certa tendência dos povos para a etimologia popular. Obviamente que o Kerameikos terá sido antes de mais um cemitério desde logo porque Ker foi deusa da morte súbita e violente. Os oleiros vieram trabalhar para este local seguramente porque era neste que eram procurados os vasos de cerâmica votivos (onde se guardavam as cinzas dos incinerados) e os vasos votivos. Porque a morte violenta e súbita era uma forma de Morte Negra, porque negra era Ker por ser Nut e porque negra seria a argila deste local uma das etimologias populares acabou por ser local da argila e do ocre negro. Fosse como fosse a verdade é que é possível uma relação étmica entre este termo, o «cemitério» e o miclan azeteca.
Kerameik(os) + Anu > Ker-ami-con < Mi-ka-ker-on > Mika-ther-ion
> kimitírion ⬄ coemeterium
Nahuat. mictlan < Ma-ki-te-ra (no) < Ki-ma-ter-ana
> kimitírion ⬄ coemeterium > «cemitério».

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